"Não se digere amor, não se cospe amor, amor é o engasgo que a gente disfarça sorrindo de dor.(Tati Bernardi)
Leia o Capitulo 1
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Prólogo
Olhando da sacada e quase se pendurando no parapeito, Ronnie observava os
vidros novos do Colégio Castelo Sales,e parecia não acreditar que há alguns meses atrás a imagem era totalmente outra.Ficava a imaginar se o diretor George Moacyr já havia conferido todos os documentos referente á ação judiciária.Ou se havia deixado entre a pilha de documentos que sempre ficava sob a mesa.Percebeu que a única coisa que não havia sido devastado pelo fogo fora o grande jardim que rodeava o colégio de ponta a ponta.
Por um momento, uma enorme tristeza a invadiu, e ela teve a certeza que aquela cicatriz nunca iria desaparecer, aquela noite não era pra ter acontecido, e independente do fato de estar ou não errada ela se condenava.
O natal estava próximo, faltavam praticamente três semanas, e os dias pareciam se arrastar. O violão de Kevin continuava ali imóvel a encarando, o adesivo na parte superior formava uma Clave de Sol, e era como se todas as lembranças fossem voltando, uma por uma, como um soco no peito.
A chuva fina e ligeira já lavava o vidro, o embaçando e com o dedo ela o rabiscou desenhando um pequeno circulo, algo sem importância mais por impulso.
As coisas ainda estavam espalhadas pelo quarto,embora ela devesse ter levado as caixas para a sala não o fez,parecia impossível esvaziar
aquele cômodo. Olhava tudo em silencio, apenas com a respiração regular pegando um dos porta retratos e juntando ao coração.
Ronnie tentava não deixar tudo desmoronar, tentava manter-se mesmo que por um fio, mesmo que por um fôlego. A desordem dos pensamentos a castigavam e ela implorava para que o tempo não se arrastasse.
As cenas passavam como um borrão por sua mente.
Uma lagrima solitária rolava quando sua mãe abriu a porta. Deslizou a mão pelo seu ombro e logo segurou suas mãos.
-Filha, não pode se culpar pra sempre. Não foi culpa sua. Foi uma terrível fatalidade.
Para a senhora Anna era mais difícil do que poderia imaginar, mas ela tinha que ser forte.
vidros novos do Colégio Castelo Sales,e parecia não acreditar que há alguns meses atrás a imagem era totalmente outra.Ficava a imaginar se o diretor George Moacyr já havia conferido todos os documentos referente á ação judiciária.Ou se havia deixado entre a pilha de documentos que sempre ficava sob a mesa.Percebeu que a única coisa que não havia sido devastado pelo fogo fora o grande jardim que rodeava o colégio de ponta a ponta.
Por um momento, uma enorme tristeza a invadiu, e ela teve a certeza que aquela cicatriz nunca iria desaparecer, aquela noite não era pra ter acontecido, e independente do fato de estar ou não errada ela se condenava.
O natal estava próximo, faltavam praticamente três semanas, e os dias pareciam se arrastar. O violão de Kevin continuava ali imóvel a encarando, o adesivo na parte superior formava uma Clave de Sol, e era como se todas as lembranças fossem voltando, uma por uma, como um soco no peito.
A chuva fina e ligeira já lavava o vidro, o embaçando e com o dedo ela o rabiscou desenhando um pequeno circulo, algo sem importância mais por impulso.
As coisas ainda estavam espalhadas pelo quarto,embora ela devesse ter levado as caixas para a sala não o fez,parecia impossível esvaziar
aquele cômodo. Olhava tudo em silencio, apenas com a respiração regular pegando um dos porta retratos e juntando ao coração.
Ronnie tentava não deixar tudo desmoronar, tentava manter-se mesmo que por um fio, mesmo que por um fôlego. A desordem dos pensamentos a castigavam e ela implorava para que o tempo não se arrastasse.
As cenas passavam como um borrão por sua mente.
Uma lagrima solitária rolava quando sua mãe abriu a porta. Deslizou a mão pelo seu ombro e logo segurou suas mãos.
-Filha, não pode se culpar pra sempre. Não foi culpa sua. Foi uma terrível fatalidade.
Para a senhora Anna era mais difícil do que poderia imaginar, mas ela tinha que ser forte.
Realmente acha isso? Eu estava errada a todo o momento, fazendo coisas inconseqüentes, não pensando no quanto estava sendo idiota.
-Filha,por favor não pense assim,não foi você que fez tudo aquilo.Acredito em você.
-Tenho uma coisa que quero que saiba, eu estava lá, e mais do que ninguém insisti pra que ele fosse comigo. O que eu não sabia é que tudo aquilo aconteceria.
Ronnie continuava a observar a foto em sua mão,que já se encontrava amassada de tanto segura-la.
-Quer conversar. Talvez contar como aconteceu?
Ela sabia que talvez não tivesse palavras pra descrever, mas aqueles momentos nunca poderiam ser esquecidos. E naquele instante sentiu que mesmo que não tivesse tentando as lembranças acordavam criando uma espécie de vida própria. E agora o incêndio que destruiu a escola, as amizades que foram capazes de conquistar, o violão que se tornou amigo inseparável a deixa ainda mais melancólica.
Ronnie esfrega os olhos em um movimento rápido tirava uma mexa do cabelo, o colocando atrás da orelha.
-Onde está James?-pergunta.
-Foi levar a Alicia até o parque, não tem sido fácil pra ela. Que tal se descer e comermos alguma coisa?Parece que você não come desde ontem e esse não é o melhor jeito de enfrentar as coisas.
-Não estou com fome, mamãe.
-Então me conte filha, como tudo aconteceu?Desabafe.
-Não sei como posso fazer isso.
-Respire fundo e deixe as palavras tomar seu rumo. -Sua mãe foi até a janela fechando as cortinas e voltando com um minúsculo sorriso. -Se sentirá bem melhor eu garanto.
Ronnie continuava a encarar a foto, e dessa vez a colocou de lado,dando uma ultima espiada por cima dos ombros.
-Acho que as coisas começaram acontecer depois da chega dele, e terminaram com o incêndio.
-Filha,por favor não pense assim,não foi você que fez tudo aquilo.Acredito em você.
-Tenho uma coisa que quero que saiba, eu estava lá, e mais do que ninguém insisti pra que ele fosse comigo. O que eu não sabia é que tudo aquilo aconteceria.
Ronnie continuava a observar a foto em sua mão,que já se encontrava amassada de tanto segura-la.
-Quer conversar. Talvez contar como aconteceu?
Ela sabia que talvez não tivesse palavras pra descrever, mas aqueles momentos nunca poderiam ser esquecidos. E naquele instante sentiu que mesmo que não tivesse tentando as lembranças acordavam criando uma espécie de vida própria. E agora o incêndio que destruiu a escola, as amizades que foram capazes de conquistar, o violão que se tornou amigo inseparável a deixa ainda mais melancólica.
Ronnie esfrega os olhos em um movimento rápido tirava uma mexa do cabelo, o colocando atrás da orelha.
-Onde está James?-pergunta.
-Foi levar a Alicia até o parque, não tem sido fácil pra ela. Que tal se descer e comermos alguma coisa?Parece que você não come desde ontem e esse não é o melhor jeito de enfrentar as coisas.
-Não estou com fome, mamãe.
-Então me conte filha, como tudo aconteceu?Desabafe.
-Não sei como posso fazer isso.
-Respire fundo e deixe as palavras tomar seu rumo. -Sua mãe foi até a janela fechando as cortinas e voltando com um minúsculo sorriso. -Se sentirá bem melhor eu garanto.
Ronnie continuava a encarar a foto, e dessa vez a colocou de lado,dando uma ultima espiada por cima dos ombros.
-Acho que as coisas começaram acontecer depois da chega dele, e terminaram com o incêndio.
-Vem cá. -Anna aconchegou Ronnie entre seus braços. -Ficará melhor assim. –Concluiu colocando uma almofada bem fofa.
Então Ronnie com o olhar fixo em algum ponto no teto começou a lembrar das cenas que iriam manter-se para o resto de sua vida. Momentos que marcaram sua jornada e que mostraram o real significado do amor e do perdão.
Então Ronnie com o olhar fixo em algum ponto no teto começou a lembrar das cenas que iriam manter-se para o resto de sua vida. Momentos que marcaram sua jornada e que mostraram o real significado do amor e do perdão.
Um comentário:
Do seu texto, o que me martela é a culpa... Mesmo a sensação, é terrível, corrói, machuca, engasga,
Um beijo
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