quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Garota da Rua 5



Não sei bem o porquê, nem o exato motivo da minha obsessão em te observar, todos os dias você passa com sua enorme pilha de livros e cadernos, com seu óculos de armação grossa e seu cabelo preso em um rabo, acredite eu consigo-te ver através desse seu jeito tímido de viver. Nunca sai, e si quer mata uma aula, suas notas são sempre as melhores, nunca implica com ninguém, é tão fácil passar despercebida. As vezes prefere lanchar sozinha, na ultima mesa do lado esquerdo do refeitório, e quando você some no intervalo eu sei que está escondida na biblioteca, exatamente na décima quinta fileira. Acredito que você não me conhece, estou certo de que você já me viu, ou percebeu meu olhar vagando pelo seu caminhar, mas como de costume você não me olhou nos olhos, sempre anda olhando para os pés.
A tarde sempre caminha pelo parque, e senta para ler a bíblia perto da Arvore Miller, não percebendo que atrás dela casais adoram ficar namorando. De todas as meninas, de todas as garotas que conheci, nenhuma me intriga mais como você, nenhuma conheço tanto como você.
Será que posso dizer que sinto algo que não sei decifrar? Confuso eu sei.
Já ouvi sua voz, uma vez, enquanto recitava um de seus textos no festival escolar, lembro que fora vaiada, mesmo assim agradeceu e saiu com a cabeça erguida. Escrevo como quem deseja ver a alma, como quem anseia por descobri o desconhecido.Espero que entenda.
Preciso que me encontre hoje as 17h00min no parque central, estarei de blusa azul, não.
Não estarei de blusa azul, estarei com o olhar diferente quando você surgir, e assim você conseguirá me encontrar.
Assinando: Alguém que não suporta mais, essa ânsia de querer o que parece intocável.
Será que ela vai ao encontro dele?

Um comentário:

Jhenyffer Andrade disse...

Nossa que lindo, gostei muito;
é uma história, continuação? ou algo assim?
to meio perdida estive ausente do blog um tempo. se tiver me avisa quero ler.
senão, te aconselho a continuar *-*

Abraços!