segunda-feira, 7 de março de 2011

The Other Side Of The Door

"As vezes é preciso se afastar das pessoas que você ama, mas isso não quer dizer que você os ama menos, as vezes você os ama ainda mais...
(A Ultima Musica)
Gabriela Andrades,17 primaveras, sou apaixonada por livros,musicas e filmes, acredito em príncipes encantados, e em sapos que virão príncipes, não tenho idéia do por que mais adoro o burrinho do Shrek, não sou magra, não sou gorda, não sou anoréxica e nem obesa, detesto filmes dublados, parece que estou vendo e ouvindo coisas completamente diferentes, tenho um quarto só pra mim, por que meu irmãozinho mais velho foi esse ano para a Inglaterra, fazer intercambio. 
  Então em fim sem bagunças, Nick pode ser o melhor irmão mais velho do mundo, mais é o cara mais bagunceiro que já conheci, na verdade estou morrendo de saudades dele, ele é ótimo em formatar computadores, em gravar Cds com as musicas que eu mais amo,em gravar meus seriados favoritos,em fim ele sabe como me conquistar,mais como nada é de graça,sempre tem um pedido depois dos favores.
  Como liberar o quarto nos sábados,mais o que eu mais odeio e encontrar sutiãs que não são meus dentro das gavetas,debaixo da cama ou até mesmo pendurados com a maior naturalidade no abaju.
Hoje a tarde eu tava vendo Juntos ao acaso na Sky,e vendo o Erick,achei ele super parecido com o Nick,galinha,relaxado,e que não tira o boné.Não sei como o cabelo dele não apodrece é o mesmo boné desde o ensino médio,já tentei dar um boné melhor,mais caro, de outra cor,mais nada feito.
  Sei que estou falando muito do Nick mais é que ele sempre esteve comigo em todos os momentos,apesar de ser quatro anos mais velho que eu,sempre segurou minha mão quando eu tinha medo do escuro,ou quando minhas bonecas faziam sombra na parede eu achava que era um monstro,ele até se culpava quando eu roubava os biscoitos que a vovó fazia pra vender,claro se eu desse a metade pra ele.
  Hoje fiquei sabendo de coisas que eu nem imaginava, coisas sobre mim, sobre minha história, é o primeiro dia escrevendo nesse Diário, foi um presente da minha mãe, minha avó passou o dia todo ansiosa, andando de um lado paro outro, abrindo e fechando a geladeira, até que me chamou pra conversar no quarto dela e me contou uma história triste, até então eu não tinha sentido de uma maneira tão dolorosa a morte da minha mãe, e senti que minha avó demorou a perdoar meu pai. E já que esse Diário será como um melhor amigo,um confidente eu resolvi contar tudo,sem restrições,meu único medo é que um dia alguém leia,mais quem sabe esse não seja meu futuro?Contar história.
Fiquei meio apreensiva, mais ao me sentar na beiradinha da cama, vi vovó seguindo até a janela fechando as cortinas brancas que ficavam lindas com o tom azul da parede. ”Assim teremos mais privacidade” disse ela, depois deu um suspiro e em fim pegou uma caixa de madeira dentro do guarda roupa. ’”Vamos precisar”? Perguntei tirando as sandálias e arrumando meu rabo que estava frouxo. Vovó não respondeu, mais logo sentou perto de mim, abrindo a caixa de madeira que parecia antiga. Como diria Lana minha melhor amiga. ”Cuidado, praga mãe pega”agora o que isso tem, haver com o que minha avó tinha a revelar eu não sei,é que tem hora que o que ela diz fica martelando sem parar na minha cabeça.
-, tem três meses que você completou 17 anos, e não sei por que só agora eu tive coragem de fazer, ou melhor, de te presentear. Quando você nasceu sua mãe mandou fazer esse medalhão com a foto dela e do Pedro, seu pai,é uma tradição da nossa família,presentear a primeira filha.
O medalhão era incrível,quando vovó o colocou na palma da minha mão,senti como se minha mãe estivesse ali,lagrimas começaram a nascer e faziam uma trilha até minha boca. ”É lindo” respondi.
-Mais ainda não acabou esse medalhão é a chave para outro presente, o melhor eu acredito. -Vovó desembrulho o presente que estava envolvido com um lenço e fitas, e me deparei com algo que não me deixou tão empolgada de imediato, confesso, mais que por saber que minha mãe havia preparado com tanto amor, eu o abracei e decidi que seriamos inseparáveis.
-Vovó, posso fazer uma pergunta?-Talvez aquele fosse o momento certo, ou não, eu arriscaria.
-Claro, querida.
-Meu pai teve alguma coisa haver com o acidente que matou a mamãe?-Eu estava mexendo em uma ferida que talvez nunca cicatrize.
-Por que essa pergunta agora?-Ela parecia nervosa e logo se levantou e começou a abrir as cortinas, depois tentou disfarçar as lagrimas que teimavam em vagar pelo seu rosto.
-Já ouvi vocês brigando e sempre evitam falar sobre, e não acredito nas estórias que o Nick conta, sei que ele sempre vai tentar me proteger, e esconder o que possa me fazer sofrer. Queria respostas vovó, e pensei que a senhora pudesse me dar.
-Mais não posso querida, pergunte a seu pai, talvez ele possa contar. Agora vá, preciso descansar. -Não insisti, apesar de essa ser minha vontade, abracei o Diário e o medalhão e segui até meu quarto.
Levei um susto,quando meu celular começou a tocar,minha mente estava longe. Era a Lana, parecia nervosa,e senti sua voz tremula,marcamos de nos encontrar no shopping às 19h30min,de imediato pensei que tivesse brigado com Alan seu meio namorado,mais acho que não,o problema era de família.
continua...

Um comentário:

Sarah Baptista disse...

sério, quase chorei aqui! Continua...
beijos vick :*